Por que um projeto de naming é desafiador?

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Em meio a vários projetos desafiadores que uma empresa encara, o processo de naming, sem dúvidas, é um dos que mais se destaca.

Curiosamente, não é incomum ouvirmos de profissionais de branding que o nome de uma marca é um dos pontos do projeto mais difíceis de ser aprovado pelo cliente.

Isso porque o nome vai ser o primeiro contato que o público terá com ela, seja os clientes, colaboradores e stakeholders em geral — e nem sempre as sugestões vão agradar todos os envolvidos nos projetos.

Vamos te explicar o porquê.

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Os maiores desafios de um projeto de naming

Existem várias questões que envolvem a criação e a aprovação de um projeto de naming. Por exemplo: são diversos os caminhos que dá para seguir na hora de definir um nome para sua marca, sendo esse, então, o primeiro desafio.

1. Caminho do nome

Os caminhos mais comuns são:

  • Nomes patronímicos: os quais possuem uma relação com um nome próprio.
  • Nomes toponímicos: os quais referem-se a um lugar.
  • Nomes descritivos: os quais, de certa forma, descrevem o negócio ou produto.
  • Nomes metafóricos: os quais fazem uma relação com o negócio de forma indireta.
  • Nomes artificiais: os quais não fazem parte do nosso léxico.
  • Nomes encontrados: os quais não possuem uma relação direta nem indireta com a empresa.

Caso você queira saber mais sobre a natureza e definição de cada um, dedicamos uma página para isso.

É claro que existem formas de unir mais de um caminho:

Um nome descritivo, por exemplo, pode ser transformado em uma sigla, como é o caso da NASA (National Aeronautics and Space Administration ou da TAM (Transportes Aéreos Regionais).

Outro ponto é que por mais que os sócios de uma empresa estejam convencidos de seguir um determinado caminho, nem sempre ele será a melhor escolha, porque esse nome, além de agradar, precisa cumprir alguns requisitos.

2. Requisitos para o nome

Entramos, então, no segundo desafio. Normalmente, por motivos evidentes, é interessante que o nome seja:

  • Fácil de escrever
  • Fácil de pronunciar
  • Global — dependendo do objetivo e área de atuação
  • Registrável
  • Original

Tais requisitos não funcionam exatamente como uma regra. Existem nomes globais longos e com a pronúncia difícil que mesmo assim estão na mente do público — muita gente, por exemplo, não tem certeza de como pronunciar Rebook, Sephora, Vichy, mas isso não impede das marcas serem um fenômeno.

Sabemos que também surgem outros requisitos, dependendo do objetivo da empresa. A questão é que, na prática, dificilmente um nome preencherá todos os requisitos e, principalmente, estará disponível para ser registrado.

3. Registro do nome

Entramos no terceiro desafio: o registro de marca. Pensando nisso, nomes mais comuns e populares nem sempre são acessíveis:

Já ouviu o termo propriedade intelectual (PI)? Então, nesse caso, a PI atua como uma patente que garante a exclusividade do uso do nome da sua marca. Ou seja, ninguém além da sua empresa vai poder copiar e se apropriar sem uma permissão.

Inclusive, algo muito comum que acontece é alguém criar uma marca e toda a sua identidade visual e descobrir apenas depois que o nome escolhido já é registrado, ou seja, parte do trabalho feito até então é jogado fora!

Aqui no Brasil, temos um órgão que atua apenas nessa frente, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), por isso, como você já deve ter percebido, é uma questão um pouco burocrática e que necessita de atenção e uma equipe qualificada para evitar qualquer contratempo ou dor de cabeça.

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Como contornar esses desafios?

O primeiro de tudo é agir sem pressa. Seu projeto de naming não vai sair da noite para o dia — pode até acontecer, mas são casos excepcionais.

Depois, é só priorizar os caminhos e requisitos. Sabemos que alguns termos não são negociáveis, por exemplo: tem gente que vai querer seguir um caminho estritamente toponímico, então as possibilidades vão girar em torno dessa opção.

Outro ponto importante é deixar mais de um nome em seu leque de escolhas. Não se prenda em um nome específico porque isso pode gerar muitas frustrações futuras caso não haja possibilidade de registrá-lo ou surja algum outro problema.

Vale ressaltar que o naming é uma construção. Mesmo nomes muito citados entre exemplos de sucesso hoje, como Nike, Jeep e Apple, certamente não agradaram a todos os envolvidos no processo de escolha ao ouvi-los pela primeira vez.

Eles se tornaram importantes e sinônimo do que as marcas gostariam de representar a partir de seu fortalecimento no mercado e do investimento em branding.

E lembre-se, o naming é extremamente importante, mas faz parte de apenas uma etapa da construção do branding da sua marca. Tanto o nome quanto a identidade visual e verbal devem caminhar de mãos dadas e contar uma história que represente a empresa.

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Exemplos de naming

Para ilustrar o que foi discutido sobre o processo de naming, separamos alguns exemplos de nomes criados pela equipe da trasso.

Plurali

A Plurali é uma clínica de estética localizada em Florianópolis (SC).

Antes de chegarmos ao atual nome da marca, era importante que as sugestões cumprissem os seguintes requisitos: (1) passar a ideia de um ambiente acolhedor, (2) nome em português, (3) nome fácil de pronunciar.

Após duas rodadas de naming e uma pesquisa mais aprofundada de domínio disponível, o fundador optou por Plurali, um nome mais lúdico proveniente do conceito de pluralidade e que fugisse dos nomes tradicionais geralmente usados por clínicas

Imagem retirada do brand book da Plurali

Sebrae Startups

O Sebrae Startups é uma plataforma que tem o objetivo de agregar iniciativas de capacitação, conexão e fortalecimento do ecossistema de empreendedorismo inovador em todo o território brasileiro.

Para chegarmos ao nome, era importante que as sugestões cumprissem os seguintes requisitos: (1) nome associado ao objetivo da marca, (2) nome fácil de escrever e pronunciar, (3) domínio disponível.

Durante as rodadas de naming e o desenvolvimento do projeto, os caminhos seguiram para a escolha de um nome mais descritivo e que incorporava o nome da instituição, gerando portanto uma relação monolítica entre Sebrae e a marca do projeto.

Ou seja, neste caso, a escolha de um nome tradicional foi a melhor decisão estratégica para a marca. Como ponto positivo, houve um fortalecimento da marca mãe, Sebrae, e mais reforço de confiabilidade por parte do público.

Imagem retirada do brand book do Sebrae Startups

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