Definir o nome de uma marca não é uma tarefa que se faz da noite para o dia. Por mais pessoal que possa parecer a escolha de um nome, existem várias questões envolvidas por trás.
Na prática, dificilmente um nome agradará a todos os envolvidos no processo, sendo ainda menos atrativo nas primeiras vezes em que ele for lido ou ouvido — às vezes é preciso de um bom tempo para se acostumar.
Vamos entender melhor esse processo de criação?
Possíveis caminhos na definição do naming
Existem diversos caminhos que dá para seguir na hora de definir um nome para sua marca. As lógicas mais seguida geralmente são:
Nomes patronímicos
Esse caminho é seguido quando quero que o nome para minha marca faça uma alusão a um nome próprio, pode ser do(a) fundador(a) da empresa ou até mesmo de outra pessoa associada ao produto.
Pontos positivos: nomes patronímicos geralmente carregam um valor bastante afetivo para quem fundou a empresa, ou até mesmo reconhecimento.
Pontos de atenção: o nome pode não sugerir nada para quem enxerga de fora e pode ser difícil desvincular a pessoa da marca.
Exemplos: McKinsey & Company, Ford e Nestlé.
Nomes toponímicos
Os nomes toponímicos referem-se a todos os nomes de marca que remetem ao lugar de origem ou de atuação inicial da empresa.
Pontos positivos: nomes toponímicos também carregam um valor afetivo, e por se referirem a um lugar em específico podem gerar identificação do público.
Pontos de atenção: por especificar um lugar, pode sugerir que a atuação do serviço se limita àquele espaço — o que pode causar conflitos caso não seja essa a intenção.
Exemplos: Nokia, Folha de S. Paulo.
Nomes descritivos
Como o próprio termo diz, esses nomes descrevem a natureza do negócio ou do produto de forma direta, quase como explicativo.
Pontos positivos: ao ouvi-lo, as pessoas devem fazer associação direta com os serviços e produtos.
Pontos de atenção: por ser um nome descritivo, costuma ser bastante comum, o que dificulta o registro de domínio da marca.
Exemplos: Casa do Pão de Queijo, PagSeguro.
Nomes metafóricos
Nesse caso, o nome revela a natureza dos negócios indiretamente. Pode se referir a seu produto por meio de uma qualidade comum, que provoca associações.
Pontos positivos: geralmente são nomes originais que facilitam o registro da marca, além de fazer uma referência criativa aos serviços e produtos, mesmo que indiretamente.
Pontos de atenção: por ser um nome metafórico, parte do público pode não entender de primeira a referência e o que a empresa.
Exemplos: Jaguar e Oi.
Nomes encontrados
É uma palavra já conhecida, que não possui uma relação natural com o que a companhia ou produto representa.
Pontos positivos: por ser um nome que não possui relação natural com a companhia e produtos ou serviços, geralmente se destaca diante da concorrência, o que pode ser um ótimo aliado no branding.
Pontos de atenção: não faz relação direta nem indireta com a empresa e os produtos e serviços oferecidos.
Exemplos: Caju, Vivo.
Nomes artificiais
Esses nomes englobam os neologismos, isto é, são palavras novas criadas que geralmente não fazem parte do léxico.
Pontos positivos: por se tratar de um termo que não está no nosso vocabulário do dia a dia, geralmente é um nome único que se diferencia da concorrência e não há qualquer dificuldade em fazer o registro.
Pontos de atenção: não apresenta nenhum significado ou, na maioria dos casos, não remete à nenhuma referência, já que se trata de um nome inventado.
Exemplos: Kodak, Lubrax.
Outros caminhos e considerações
É claro que existem outros caminhos. Nomes com siglas também são uma opção, que podem surgir como uma variação a partir de um nome patronímico, descritivo etc.
Alguns exemplos são: TAM (Transportes Aéreos Regionais), FIAT (Fabbrica Italiana Automobili Torino), NASA (National Aeronautics and Space Administration), entre outros.
Vale também lembrar que é interessante considerar se é preferível um nome curto ou mais longo, se o nome está disponível para registro, se é de fácil pronúncia ou se há uma preferência por uma língua em específico.
Na prática, existem diversas marcas conhecidas que possuem nomes relevantes, desde os mais curtos até os mais longos; nomes que geram, ou não, dúvida na pronúncia. Tudo depende da intenção e objetivos enquanto empresa e marca.
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