Mobile first: o que é e por que nem sempre é a melhor opção?

alt="Mulher mexendo no celular em um escritório''

Ao decidir criar um site novo, ou fazer uma atualização, muitas pessoas recebem o conselho de priorizar um site que seja “mobile first”.

Isso acontece porque, desde 2010, período em que surgiu o conceito, as marcas começaram a adotar a ideia até que virasse uma tendência quase que inquestionável.

A questão é que muita gente não sabe ou até ignora que nem sempre essa é a melhor opção dependendo do seu negócio. Vamos entender melhor:

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O que é mobile first?

O mobile first é quando o projeto de um site é criado priorizando a usabilidade pelo celular e outros dispositivos móveis. Basicamente, o website será todo pensado para o modelo “mobile”, e somente depois vão ocorrer as adaptações para o desktop.

Pensando dessa forma, faz sentido, não é? Hoje em dia, utilizamos nosso celular por horas consecutivas, então, supostamente, a melhor escolha seria focar na arquitetura de um site pensado para o nosso dispositivo móvel.

Contudo, na prática é um pouco diferente.

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Por que o mobile first nem sempre é uma boa opção?

Segundo uma pesquisa do G1, 62% dos consumidores usam o celular como único canal de compras on-line, mais especificamente, sites de e-commerce.

A Revista Forbes também alegou que entre os aplicativos mais usados ao longo do dia pelos brasileiros estão: Whatsapp, Instagram e Facebook.

Sabemos que os anúncios investidos nessas plataformas são grandes, e com um clique conseguimos fechar uma compra, mas estamos falando de negócios para o consumidor final, ou seja, negócios B2C, como roupas, decoração, alimentação etc.

Empresas B2B, que vendem para outras empresas, possuem uma jornada de compra maior devido às vendas mais complexas e de valor mais agregado, portanto poucas priorizam as transações online, feitas diretamente pelo site da companhia.

Nesses casos, o cliente tem que entrar em contato com o comercial para fechar um negócio — já que a venda é consultiva — o que também pode ser feito pelo celular, mas a diferença é que no Brasil, o desktop ainda vence o smartphone no ambiente de trabalho.

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Entenda de forma mais prática:

Imagine um gestor que queira contratar um software de gestão médica para a clínica onde trabalha. Esse profissional passa o dia inteiro em seu escritório e precisa acessar o computador para criar prontuários e receitas. A lógica, então, é que ele faça a busca pelo sistema de gestão em seu celular ou em seu notebook?

Além disso, para analisar a concorrência, por exemplo, é muito melhor utilizar telas maiores do que navegar entre diversas opções pela tela do celular, ainda mais quando você já está no seu ambiente de trabalho.

Outro ponto que também devemos nos atentar:

é bastante comum que a pesquisa de fornecedores seja feita na empresa, durante horário comercial e em dispositivo desktop — envolvendo vários tomadores de decisão — o que é diferente quando é um usuário final, que está fazendo a busca de um produto ou serviço em seu tempo de lazer.

Podemos usar a própria trasso como exemplo: atuamos no mercado B2B, com foco em clientes na área de tecnologia.

De acordo com uma consulta ao Google Analytics em fevereiro de 2023, no último trimestre 79,3% dos acessos ao nosso site foram realizados via computador. Este cenário se repete em nossos clientes, maioria também B2B, nos quais as sessões têm majoritariamente como origem o desktop.

Agora, vamos analisar as vantagens e desvantagens para entender qual é a melhor escolha para o seu site?

Vantagens do mobile first

  • Melhor experiência do usuário quando ele navega pelo site via dispositivo móvel, já que ao montar o site em uma tela menor, fica mais fácil tomar decisões quando você sabe das limitações do celular.
  • Otimização do carregamento das páginas nos dispositivos móveis, já que a tendência é que projetos mobile first sejam mais rápidos e imediatos.
  • Pontos positivos em relação ao ranqueamento no Google devido ao “mobile-first index”.

 

Desvantagens do mobile first

  • Site com menos recursos, já que possui pouco espaço de tela para a criação. Ao priorizar o desenvolvimento do site em desktop, é possível desenvolver mais recursos devido ao espaço de tela maior.
  • Apesar do Google priorizar o mobile first, ele é bem mais criterioso na avaliação. Por exemplo, é difícil fazer um site elaborado com bom ranqueamento no mobile.

Por isso, independentemente do caminho que o site irá seguir, é importante que ele seja responsivo.

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O que é um site responsivo?

Sites responsivos não possuem uma URL específica para cada dispositivo — um endereço virtual só para mobile ou só desktop.

Em vez disso, eles estão disponíveis em todas as dimensões. Basicamente, o mesmo site se adapta a diversos formatos.

Outro ponto importante é que esse site poderá ser acessado em qualquer navegador utilizado. Alguns sites acabam tendo problemas de usabilidade quando abertos em navegadores mais antigos, por isso é importante que a adaptação ocorra em relação aos navegadores.

Um site responsivo tornará melhor a experiência do usuário independentemente do seu lugar de acesso, consequentemente, também atingirá de forma positiva o ranqueamento no Google, já que o buscador leva em consideração a otimização do site e usabilidade.

Mas se ainda sim é uma preferência da empresa priorizar ou mobile ou desktop, o ideal é avaliar com calma a situação para entender qual é o melhor caminho a seguir: focar nos públicos e pesquisar por onde cada segmento acessa o site.

Qualquer dúvida que surja em relação ao site de sua empresa, deixe um comentário que responderemos o mais breve possível.

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